Nota da APROFFESP sobre a greve geral de 30 de junho/2017
Nota da APROFFESP sobre a greve geral de 30 de junho/2017
“Trabalhadores do mundo inteiro
uni-vos!” (K. Marx)
A greve geral do
dia 30 de junho foi mais uma data que marcou significantemente a
disposição de vários setores da classe trabalhadora em enfrentar de forma
organizada os ataques aviltantes impostos pelo governo Temer com o aval do Parlamento,
que na sua grande maioria está comprometido com esquemas de corrupção e ainda
com a benevolência do STF, cujos membros são indicados pelo Presidente da
República, o que no mínimo nos leva a duvidar da imparcialidade de seus
ministros, sempre expostos aos interesses escusos das quadrilhas organizadas
nos bastidores do poder.
Embora tenha ficado
nítido um recuo (que precisa ser explicado!) por parte das grandes centrais sindicais,
que diferente do dia 28 de abril, não se empenharam na convocação e na
mobilização para garantir uma greve geral.
Mesmo assim, aconteceram grandes
manifestações por todo o Brasil com repercussão em vários órgãos de impressa
internacional que destacaram o grave momento político pelo qual o país passa,
com sérias denúncias envolvendo o presidente Temer e seus aliados, o descontentamento
da população com as reformas que são apresentadas e podem ser aprovadas
sem que os maiores interessados e afetados pelas mesmas sejam consultados, como
o caso da reforma da Previdência e a reforma trabalhista que acontecem na
pior conjuntura econômica possível, pois chegamos aos 13,3% de
desempregados, o que corresponde a quase quatorze milhões de trabalhadores sem
emprego, com uma perda de 2,3 milhões de postos de trabalho em apenas um
ano, em contraste com o índice de 11,2% de um ano atrás, segundo dados do IBGE.
Neste contexto, a
APROFFESP reafirma a importância do fortalecimento das nossas entidades de
classe, conclamando a APEOESP e demais organizações de professores/as para
unificar as lutas pela revogação da Lei n° 13.415/17 (Medida Provisória 746/16)
da reforma do ensino médio, pela retirada da proposta de reforma da Previdência
e trabalhista, pelo “fora Temer” e a convocação de eleições gerais já,
inclusive para os integrantes do STF.
Reiteramos ainda a importância de se
resgatar as ferramentas históricas da classe trabalhadora, da qual nos
orgulhamos de fazer parte, como a greve geral e outros instrumentos que em
outros momentos tão ou mais críticos do que este que vivemos agora garantiram à
classe trabalhadora brasileira ser protagonista de suas conquistas, possibilitando
o enfrentamento com o governo e também, quando necessário, com as
burocracias sindicais. Mesmo diante da necessidade de efetivos esclarecimentos
públicos quanto ao recuo de algumas centrais sindicais, o momento é de unidade
em bases programáticas para questionar e destruir todo aparato a serviço do
capital, restabelecendo o poder popular e a edificação de uma nova sociedade
com valores éticos e morais antagônicos aos vividos e promovidos pelas
sociedades atuais; sociedade cujos fundamentos se encontram no neoliberalismo,
na ditadura do mercado e da grande mídia a serviço dos grupos econômicos e
financeiros, no individualismo e no consumismo exacerbados, ainda que, de forma
contraditória, a maioria da população não tem o mínimo necessário para se
alimentar bem, se locomover bem, morar bem, ter acesso aos bens culturais, em
suma, não se vive bem!
E ainda querem
tirar nossos direitos conquistados com muita luta e perda de vidas humanas no decorrer
da história! É inaceitável ver o cinismo com que este governo e seus asseclas
defendem as reformas, que a grande mídia repercute e apoia a todo momento!
Enquanto isso, os privilégios dos altos escalões dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário são mantidos e até ampliados, enquanto os banqueiros
cobram os juros mais altos do mundo e os grupos econômicos e suas máfias
usufruem de lucros exorbitantes. Parafraseando Marx, “Cabe aos filósofos
organizar para transformar o mundo e não apenas naturalizar este estado de
barbárie capitalista em que vivemos” (Aldo Santos).
Esperamos que as
centrais sindicais apresentem urgentemente uma nova agenda de ações efetivas
para derrubar este governo ilegítimo e suas reformas positivistas a serviço dos
patrões e de um Estado dominado por quadrilhas.
DIRETORIA DA APROFFESP
Presidente: Francisco P. Greter –
Lapa – São Paulo, SP.
Vice-presidente: Aldo Josias dos
Santos – São Bernardo do Campo, SP.
Tesoureiro: Anízio Batista de
Oliveira – Centro-Sul, São Paulo, SP.
Primeiro tesoureiro: Gilmar
Soares – Santo André, SP.
Secretário: José de Jesus Costa –
Osasco, SP.
Primeira secretária: Rita de
Cássia F. da Silva – Santana – São Paulo, SP.
Diretor de Comunicação e
Propaganda: Jadir A. da Silva – Centro-Sul – São Paulo, SP.
Diretor Adjunto: Diego Frederico
da Silva – Santana – São Paulo, SP.
Diretor de Políticas Pedagógicas:
Ivo Lima dos Santos – Santana – São Paulo, SP.
Diretor Adjunto: Ronaldo Neves –
Diadema, SP.
Diretor de Art. das Ciências
Humanas e Currículo: Ocimar Freitas – Sul – São Paulo, SP.
Diretor de Relações Acadêmicas:
Marcos da Silva e Silva – Santo André, SP.
Diretor de Relações Sociais e
Mov. Sindical: Lúcia M. Peixoto - Caieiras – São Paulo, SP.
Diretor Organizativo da Capital:
Marcos Rubens Ferreira – Noroeste - São Paulo, SP.
Diretor Organizativo da Grande
São Paulo: Altamir Borges Filho - Carapicuíba, SP.
Diretor Organizativo do Interior:
Ademir Alves de Lima – São José dos Campos, SP.
Diretor Adjunto: Antônio Fernando
Capellari – Jaú, SP.
facebook.com/Aproffesp
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