CONFISSÕES... Confessar-me a mim mesma, mergulhar no mais profundo do meu eu, desbravar o âmago do meu ser, caminho árduo que me pus a percorrer acreditando-me mestra de mim mesma, confiante do meu próprio saber, peguei a estrada... Já nos primeiros pedregulhos tornou-se quase impossível equilibrar-me sobre os saltos alto e suportar o peso da bagagem. Quanto excesso me dispunha carregar!? Qual penoso foi aquele porfiar! Onde estou eu agora? Numa praia “quase virgem”, sob o sol escaldante do meio-dia vestida em trajes de gala. Na contemplação do mar... num sopro de vento, me vem o oráculo de Delfos. “Conhece-te a ti mesma!” Quase que por encantamento vi meu dedo indicador desenhar na areia a imagem que a cada traço reconheci sendo de um sábio, estatura mediana, barba branca, expressão serena, voz tênue a se confundir com a brisa do mar. “Ninguém educa a ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” . Eureka! Diante dele,