Cecília Meireles: Poeta Brasileira das "Palavras que voam"

"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda." Cecília Meireles

O Projeto Imersão Literária convida a um mergulho no universo poético de Cecilia Meireles a escritora da reinvenção, para ela "A vida só é possível reinventada."

Cecília Meireles, foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poeta brasileira, nasceu em 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro. Órfã de pai e mãe, foi criada pela avó materna. Em 1917, começou a trabalhar como professora primária. De 1936 a 1938, foi professora da Universidade do Distrito Federal. Da Academia Brasileira de Letras, recebeu o Prêmio Olavo Bilac, em 1938, e o Prêmio Machado de Assis, postumamente, em 1965.

Assim, a autora de Romanceiro da Inconfidência, falecida em 9 de novembro de 1964, fez parte da segunda geração do modernismo brasileiro, com livros marcados pela melancolia, sensorialidade e reflexão sobre o mundo contemporâneo, obras que trabalham temas como o amor, a solidão, o tempo, a eternidade, a saudade, o sofrimento, a religião e a morte.

Destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil. Sua obra de caráter intimista possui forte influência da psicanálise com foco na temática social.

Resenha: As Palavras Voam
(Disponível para empréstimo na sala de leitura)

 

As Palavras Voam é uma antologia poética organizada por Bartolomeu Campos de Queirós com poemas de autoria de Cecília Meireles. O livro foi publicado em 2020 pela Global Editora.

Na obra As palavras voam, Cecília Meireles é visitada por Bartolomeu Campos de Queirós, poeta e escritor que, como ela, sabia ver beleza na simplicidade e dedicou sua arte aos pequenos e aos nem tão pequenos assim. A seleção de Bartolomeu Campos de Queirós nos revela a poeta que fala das coisas mais profundas e bonitas da essência humana. Com olhar leve e sincero, Cecília nos ensina a encarar o mundo de frente, um lugar em que não existem apenas flores e passarinhos, mas também lágrimas, noite e escuridão, sem nunca perder a ternura. As palavras de Cecília Meireles voam e alcançam a todos, independente da idade e da cidade. E, ao final deste livro, vemos tudo com outros olhos, mais maduros e mais sensíveis, capazes de aproveitar a maravilha das pequenas coisas da vida.

"Visitar os mistérios da existência guiados pela intuição poética de Cecília Meireles é um privilégio maior. Com sensibilidade e inteligência, sua poesia alivia as nossas dúvidas, nos acorda para os encantos dos dias, nos enche de auroras como se o tempo todo inteiro só fosse feito de manhãs. A poeta soube, como ninguém, que o homem é verbo e sua vida é conjugável: é passado, é presente, é futuro. Por ser assim, sua escritura não tem idade."

Poemas de Cecília Meireles

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Nadador

O que me encanta é a linha alada
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, pássaro da água!

É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!

É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda

E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento…

Frases de Cecília Meireles

Estas são algumas das mais conhecidas frases da escritora Cecília Meireles:

"Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira".

"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação de meus desejos afligidos"

"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre".

"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda".

"Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua".

Fontes: http://leitorcompulsivo.com.br/2017/11/24/resenha-as-palavras-voam-cecilia-meireles/

https://www.disal.com.br/produto/3102482-Palavras-Voam-As-Antologia-PoeticaD

https://www.todamateria.com.br/cecilia-meireles/

Obra em PDF: A Poética: http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/profs/sergioalcides/ceciliavaga1.pdf




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