Carpe Diem: Poeta Walt Whitman!

Hoje amanheci assim...
Uma vontade de inercia...
De ócio criativo...
De sol queimando as faces...
Do quintal de casa...
Vontade da minha companhia...
De devanear com meus botões...
Dialogar com imortais...
Semear reticências...

"Aproveita o dia!
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Ela nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda adiante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido!" - Walt Whitman




No dia 31 de maio de 2019, o mundo celebrou os duzentos anos do nascimento de Walt Whitman, poeta nascido nos Estados Unidos e que se tornou global, pelo conteúdo, pelo estilo livre e pelo ritmo flexível dos seus versos. Em 1855, aos 36 anos, lançou a primeira edição de Folhas de Relva, com 12 extensos poemas, todos compostos de versos soltos, sem rimas e sem regras, a ponto de ser visto como precursor do modernismo literário. Porém, somente décadas depois, precisamente no ano de 1922, com a publicação das obras Ulisses, de James Joyce, e A Terra Devastada, de T.S. Eliot, convencionou-se tê-las como o marco do modernismo literário mundial. Existe a versão de que as mudanças nas artes, nas letras e nos costumes, naquele período, decorreram das desilusões e das crises vividas pela sociedade após o fim da Primeira Guerra Mundial.

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