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Depois da madrugada fria: Carpe Diem!

Madrugada fria: Apesar do Coiso Ruim... Amanhã há de ser outro dia!
Quando se perde o sono na madrugada fria
O melhor refugio é a poesia
Nasce do pulsar do coração
Alimenta-se de lembranças, medos, expectativas
As vezes parece até fria
Quando transpira nostalgia
Vem a lagrima sempre quente derreter o gelo
Inundando meu ser
Não sei se mergulho
Se fujo ou me deixo boiar
Mais que versos de rimas quebradas
A frieza da noite pede compaixão
(Tem gente que não esta em uma cama quente)
Empatia que faz doer em mim a dor do outro
O próximo que tenho que amar como a mim mesma
A ele minha oração, minha ação militante
A mim uma taça de chocolate quente
Aquecer o corpo
Esperançar a Alma
Amanhã há de ser outro dia!
"Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Lá lá lá lá laiá"
(Chico Buarque)


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