Nem mini nem macro: Conto de sábado pelo fim da escala 6x1
Bora lá...
filosofar
poetizando
as canções de outrora
Aprendendo as "trank da atualidade". com Keven Valim
Porque hoje é sábado
Não só por ser sábado
Pós feriado da proclamação da república brasileira
Pré celebração da consciência negra
Dia nublado, chuvoso, friolento
Nem parece primavera
Tempo de falar de flores
Aquelas que enfeitaram as caminhadas de outrora
Quando ainda éramos jovens de idade
Caminhávamos e cantávamos
Fazendo nossa hora
Sem esperar acontecer
...
Porque hoje é sábado
Não só por ser sábado
Aumentei as frases
Quebrei as rimas
Alarguei o conto
Revisitei memórias
Assumi para mim mesma que amo o passado
E recebo o novo de braços abertos
Mesmo vivendo como nossos pais.
Falo das coisas "que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo"
Nos mais de meio século vivido
Os primeiros anos lá na roça
Nos anos 70 do século passado
Em tempos de ditadura militar
Plantando rosas
Colhendo cenouras
Deitada no gramado
Lendo história que as nuvens desenhavam
Rabiscando corações nos troncos de árvores
Corações que pelo latifúndio foram derrubados
Vi a colônia tombada para dar lugar ao canavial
Pequenos proprietários, arrendatários, meeiros
Expulsos da terra, migrantes do campo,
Operários precarizados na grande cidade
Aos 15 anos eu já era operária
Não se falava em escala 6x1
Eram oito horas diárias, na fábrica de costura
2 horas no ônibus lotado para ir 2 para voltar
Se sábado e domingo eram livres
O salário acabava sempre na sexta-feira
Inflação, salário defasado, fardas desbotadas
Abertura política, redemocratização
Um operário candidato à presidente
Um falso caçador de marajás eleito
Nós ainda tão jovens, pintamos a cara
Caminhamos contra o vento
Derrubamos o presidente.
Dá um Google (a história no fim século 20)
Me fiz semente
Voz dos Oprimidos no teatro de Boal
Plantei estrelas
Vesti vermelho
Me auto flagelai
Puberfei a puberfose
Me metamorfosei!
Preludiei o Apocalipse
Recriei a criação
Sangrei na Cruz por Paixão
Renasci na manjedoura
Sem-teto, Sem- terra, me fiz multidão
Juntei-me a outras bocas famintas
Juntos aprendemos a dizer não!
Não a injustiça, não a opressão!
...
E porque hoje é sábado
Eu que sou jovem há um pouco mais de tempo
Acordei com o bailar da Aurora
Tomei meu café amargo
(para controlar o diabetes)
Abri a janelinha virtual
E cá estou a semear esperança
Na derrubada da escala 6x1
Não é utopia
Ainda que fosse utopia
Serviria para nos fazer caminhar
Rumo a um mundo, mais justo, sororico e fraterno
Porque "A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte"!
Bora lá...
Filosofar
Poetizando
As canções de outrora
Aprendendo as "trank da atualidade".
com Keven Valim
https://www.tiktok.com/@melhortrack/video/7436906745739414830?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7437832075891820088
Não só por ser sábado
Pós feriado da proclamação da república brasileira
Pré celebração da consciência negra
Dia nublado, chuvoso, friolento
Nem parece primavera
Tempo de falar de flores
Aquelas que enfeitaram as caminhadas de outrora
Quando ainda éramos jovens de idade
Caminhávamos e cantávamos
Fazendo nossa hora
Sem esperar acontecer
...
Porque hoje é sábado
Não só por ser sábado
Aumentei as frases
Quebrei as rimas
Alarguei o conto
Revisitei memórias
Assumi para mim mesma que amo o passado
E recebo o novo de braços abertos
Mesmo vivendo como nossos pais.
Falo das coisas "que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo"
Nos mais de meio século vivido
Os primeiros anos lá na roça
Nos anos 70 do século passado
Em tempos de ditadura militar
Plantando rosas
Colhendo cenouras
Deitada no gramado
Lendo história que as nuvens desenhavam
Rabiscando corações nos troncos de árvores
Corações que pelo latifúndio foram derrubados
Vi a colônia tombada para dar lugar ao canavial
Pequenos proprietários, arrendatários, meeiros
Expulsos da terra, migrantes do campo,
Operários precarizados na grande cidade
Aos 15 anos eu já era operária
Não se falava em escala 6x1
Eram oito horas diárias, na fábrica de costura
2 horas no ônibus lotado para ir 2 para voltar
Se sábado e domingo eram livres
O salário acabava sempre na sexta-feira
Inflação, salário defasado, fardas desbotadas
Abertura política, redemocratização
Um operário candidato à presidente
Um falso caçador de marajás eleito
Nós ainda tão jovens, pintamos a cara
Caminhamos contra o vento
Derrubamos o presidente.
Dá um Google (a história no fim século 20)
Me fiz semente
Voz dos Oprimidos no teatro de Boal
Plantei estrelas
Vesti vermelho
Me auto flagelai
Puberfei a puberfose
Me metamorfosei!
Preludiei o Apocalipse
Recriei a criação
Sangrei na Cruz por Paixão
Renasci na manjedoura
Sem-teto, Sem- terra, me fiz multidão
Juntei-me a outras bocas famintas
Juntos aprendemos a dizer não!
Não a injustiça, não a opressão!
...
E porque hoje é sábado
Eu que sou jovem há um pouco mais de tempo
Acordei com o bailar da Aurora
Tomei meu café amargo
(para controlar o diabetes)
Abri a janelinha virtual
E cá estou a semear esperança
Na derrubada da escala 6x1
Não é utopia
Ainda que fosse utopia
Serviria para nos fazer caminhar
Rumo a um mundo, mais justo, sororico e fraterno
Porque "A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte"!
Bora lá...
Filosofar
Poetizando
As canções de outrora
Aprendendo as "trank da atualidade".
com Keven Valim
https://www.tiktok.com/@melhortrack/video/7436906745739414830?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7437832075891820088
Uma música que interpreta a escala 6x1#6x1
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