GILBERTO GIL - QUILOMBO (El Dorado Negro)
"Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu
Ressurgiu
Pavão de tantas cores, carnaval do sonho meu
Renasceu
Quilombo, agora, sim, você e eu
Quilombo
Quilombo
Quilombo
Quilombo"
Quilombo, o Eldorado Negro
Neste 20 de novembro o Projeto Imersão Literária nos convida à aquilombar* Olhar para a nossa história com consciência, entendendo que "Não dá para falar em consciência humana enquanto pessoas negras não tiverem direitos iguais e sequer forem tratadas como humanas." (Djamila Ribeiro)
O dia da Consciência Negra é um dia para nos lembrar que a história do Brasil é marcada por séculos de colonização, usurpação de terras e escravização de seres humanos. Allan da Rosa em Zumbi assombra quem? e Jarid Arraes em As lendas de Dandara reforçam o que nos diz Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Gilberto Gil e tantas outras vozes que cantam o direito de liberdade.
Quilombo, o Eldorado Negro
"Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Como o clarão que o sol da liberdade produziu
Refletiu
A luz da divindade, o fogo santo de Olorum
Reviveu
A utopia um por todos e todos por um
Quilombo
Que todos fizeram com todos os santos zelando
Quilombo
Que todos regaram com todas as águas do pranto
Quilombo
Que todos tiveram de tombar amando e lutando
Quilombo
Que todos nós ainda hoje desejamos tanto
Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu
Ressurgiu
Pavão de tantas cores, carnaval do sonho meu
Renasceu
Quilombo, agora, sim, você e eu
Quilombo
Quilombo
Quilombo
Quilombo"
Gilberto Gil / Waly Salomão.
Tempo de nos aquilombar
"É tempo de caminhar em fingido silêncio,
e buscar o momento certo do grito,
aparentar fechar um olho evitando o cisco
e abrir escancaradamente o outro.
"É tempo de fazer os ouvidos moucos
para os vazios lero-leros,
e cuidar dos passos assuntando as vias
ir se vigiando atento, que o buraco é fundo.
e buscar o momento certo do grito,
aparentar fechar um olho evitando o cisco
e abrir escancaradamente o outro.
"É tempo de fazer os ouvidos moucos
para os vazios lero-leros,
e cuidar dos passos assuntando as vias
ir se vigiando atento, que o buraco é fundo.
É tempo de ninguém se soltar de ninguém,
mas olhar fundo na palma aberta
a alma de quem lhe oferece o gesto.
O laçar de mãos não pode ser algema
e sim acertada tática, necessário esquema.
É tempo de formar novos quilombos,
em qualquer lugar que estejamos,
e que venham os dias futuros,
a mística quilombola persiste afirmando:
“a liberdade é uma luta constante”.
Conceição Evaristo.
Zumbi assombra quem? e As lendas de Dandara estão disponíveis para empréstimo na sala de leitura.
Aquilombar: “O aquilombamento é uma necessidade histórica, é um chamado, uma reconexão com nossa ancestralidade para atuar no presente, é construir esperança, é construir força, é construir sonho, é construir um futuro melhor!” Joselicio Junior.
Comentários
Postar um comentário