Reflexões filosóficas e devaneios poéticos na madrugada!

Quando fujo dos braços de Morfeu, me refúgio em meu próprio abraço, olho-me nos olhos, me sorrio meio marota como a me gabar das epopeias que protagonizei, das farsas que involuntariamente por paralogismo enredei. Quando me encontro assim, tão intima de mim, me ponho à filosofar, poetizando as preocupações, floreando as problemáticas que a vida me impõe.

Aceito o auto diagnostico!
"Tenho sérios poemas mentais"



Meus poemas me acordam de madrugada
(Ou me impedem de dormir)
À ruminar...
Outras reticências
O silêncio feito canto de grilo
Vai se prolongado
Até incomodar
Incomodada me ponho a versar

"Saudades da minha terra...
Da Aurora da minha vida...
Das cantigas de roda...
Do brincar com palavras...
Do ousando parafrasear...
(Os oito anos de Casimiro de Abreu)

Ah que saudades que tenho...

Saudades de ouvir o galo cantar
Os cachorros anunciando o voo livre da aurora
(de tranças de ouro e dedos de rosa)
Da meninada acordando de pé no chão, dançando sobre o orvalho
Saudades daquela vida franciscana antes dos meus oito anos
lá no noroeste paranaense onde eu 
(menina peralta)
Sonhava os primeiros versos de ciranda
(À sombra das bananeiras, embaixo dos laranjais!)

Saudades da aurora da minha vida!

Aquela tarde de verão chuvoso,
Meu uniforme escolar
A camiseta de algodão branco
(molhada e transparente... )
Meu corpo de menina moça
Os olhares daqueles rapazes
A pasta escolar colada ao peito como um escudo protetor

O Arco Íris...

De repente, não mais que de repente
Tirei os sapatos 
(congas azuis desbotados)
Senti meus pés afundar na lama
Soltei a pasta que me acorrentava
Corri feliz pela estrada de terra batida em meio aos cafezais
(e nunca mais parei aquela carreira)
Seguimos eu e o Arco íris, vida a fora
Brincando de esconde-esconde

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