Aqui tem Sangue nordestino: Vai ser 13 sim senhor!

Aqui tem Sangue nordestino: Vai ser 13 sim senhor!

Nós filhas e filhos de nordestinos
Migrantes que se espalharam pelos confins do Brasil
(Nossa Pátria)
Pedindo a Benção de Padim Ciço
Matutando os versos de João Cabral de Melo Neto
Que de Severinos e Marias herdamos a mesma sina
De voa lá do sertão
Mesmo sem as asas da Asa-Branca
(pegamos carona na sanfona de Gonzaga)
Montados nos pau-de-arara
Suplicando à Virgem Maria força para enfrentar a jornada
Na bagagem (A maleta era um saco e o cadeado um nó)
Só trazia a coragem e a esperança numa vida melhor...
Setembro passou...
Em outubro há de ser melhor...
(Nessas reticências vai tudo que não cabe nas palavras)
Eu que nunca pisei no sertão
Não por falta de vontade, mas por falta de condições
Represento aqui a indignação do meu pai João
Nascido em Bom Conselho, Pernambuco
Nunca soube o que era preguiça
Na roça trabalhou de sol a sol
Na cidade puxou piche construindo estrada
Como cobrador de ônibus rodou a cidade de São Paulo
(Partiu cedo para os Elíseos Campos)
O sangue (vermelho) que corre nas minhas veias
Não me deixa calar ao ouvir
De quem pede voto nas eleições
E de apoiadores "ricos sulistas"
Que pra ser oposição e votar contra o governo dos patrões
(Genocidas, xenofóbicos, machistas, extremistas, falso moralistas...)
Tem que ser pobre, analfabeto, ignorante...
(Ingrata por não lamber as botas de quem só lá da migalhas na época das eleições)
Junto minha voz de mulher (Filha do nordestino João)
Às milhares de vozes que ecoaram no dia 02 de Outubro
E que no Segundo turno se multiplicarão
Para dizer não!
Basta de descriminação!
O Nosso voto é consciente!
Queremos o direito de cidadã e cidadão!
Trabalho, justiça, terra e pão!
Liberdade para dançar o nosso baião!

https://www.facebook.com/reel/491434132861464?s=chYV2B&fs=e
"Na terra seca
Quando a safra não é boa
Sabiá não entoa
Não dá milho e feijão
Na Paraíba, Ceará, nas Alagoas
Retirantes que passam
Vão cantando seu rojão

Tra, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Meu São Pedro me ajude
Mande chuva, chuva boa
Chuvisqueiro, chuvisquinho
Nem que seja uma garoa

Uma vez choveu na terra seca
Sabiá então cantou
Houve lá tanta fartura
Que o retirante voltou

Tra, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Oi! Graças a Deus
Choveu, garoou

Oi! Graças a Deus
Choveu, garoou
E já vai tempo
Que choveu pra gente boa
Nunca mais deu garoa
Nem deu milho e feijão
E o retirante diz que não desacordou ai
Vai cantando seu e no vai cantando seu baião

Tra, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Meu São Pedro me ajude
Mande chuva, chuva boa
Chuvisqueiro, chuvisquinho
Nem que seja uma garoa

Uma vez choveu na terra seca
Sabiá então cantou
Houve lá tanta fartura
Que o retirante voltou

Tra, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Oi! Graças a Deus
Choveu, garoou"

https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/664053/



 
Lúcia Peixoto
Filósofa, Professora de Filosofia,
Poeta, Artesã, Bacharel em Ciências da Religião,
Licenciada e Pós Graduada em Filosofia.

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