Ah tempo!

Bora lá...
Contemplar a areia que pacientemente vai bailando pela ampulheta dialogando poeticamente com o tempo.


 
Ah tempo...

"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo, tempo, tempo, tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Ouve bem o que eu te digo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo, tempo, tempo, tempo
Quando o tempo for propício
Tempo, tempo, tempo, tempo
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo, tempo, tempo, tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo, tempo, tempo, tempo
O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Apenas contigo e migo
Tempo, tempo, tempo, tempo
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Não serei nem terás sido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo, tempo, tempo, tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo, tempo, tempo, tempo"

Apreciador@s de meus devaneios poéticos filosóficos, um pedido de desculpas...
Tenho andado com os pés presos no concreto da vida!

Vida dura de ser poetizada
Constantemente ameaçada
Meio Vazia de graça
Meio cheia de Desencanto
Faminta de Esperança
Farta de tanta insensatez
Vai seguindo os rastros do arco íris
Sabendo que o caminhar nunca é vão
Apesar das pedras plantadas por Eles
Nossos pés já estão calejados
Nossas mãos ágeis desviam dos espinhos
Para que as rosas nos afaguem a'lma!
Quis voar a poesia...
Ainda era lagarta aprisionada no próprio casulo!

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