Crônica Poética: Por encomenda!



Escrever por encomenda não é labuta muito fácil, visto que minha escrita é guiada pela inspiração, aquele lampejo que se acende como centelha divina liberando os sentimentos que germinam em minha’lma.

Trantando-se de crônica poética aí que não há mesmo espaço para a tirania de Cronos. 

A criação literária deve nascer da espontaniedade
No enlance entre Encanto e Espanto
Tristeza e Alegria
Pesar e Contetamento.

No entanto não há falseamento em lançar mão de técnicas e outros artifícios para entregar no prazo estipulado o texto encomendado. De modo que me lanço ao porfiar, desafiando o tempo... “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial.” Antes que pensem em plágio, esclareço que trata-se de paráfrase, dialogo com gênio de Drummond, intertextualidade para melhor descrever o meu tempo. (Confiram na edição de amanhã da Mídia Rubi)




O Tempo

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um individuo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para diante tudo vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado,
o amor esperado,
a esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida,
todas as alegrias que puder sorrir,
todas as músicas que puder emocionar.

Para você, neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família seja mais unida,
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas…
Mas nada seria suficiente…

Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,
desejos grandes.

E que eles possam mover você a cada minuto
ao rumo da sua felicidade.”
(Carlos Drummond de Andrade)

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