ENFRENTE! Para derrotar todas as formas de violência e opressão.


Basta uma crise política, econômica e religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados (Simone de Beauvoir)
Não é mais possível aceitarmos caladas a escalada da violência que ceifa nossas vidas. No Brasil segundo dados do Ministério da saúde a cada quatro minutos uma mulher é agredida fisicamente. Isso sem considerar os inúmeros casos que ficam ocultos nas alcovas, sejam em mansões ou humildes casebres.
A Lei Maria da Penha, de 2006, classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral e violência psicológica. A legislação considera como violência psicológica qualquer conduta que cause a mulher “dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões”. Isso pode ocorrer mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir. Já a violência moral é entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

      São inúmeras as formas de violência contra a mulher, desde a física, com um crescimento assustador de casos com desfecho trágico no feminicídio, à violência verbal, coerção, assédio sexual e moral e a violência estatal. No ano passado, 536 mulheres foram agredidas por hora, segundo dados do Fórum de Segurança Pública, o que coloca o Brasil em quinto lugar no vergonhoso ranking mundial em taxa de feminicídios. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2014, embora 91% dos brasileiros afirmem que “homem que bate na esposa tem de ir para a cadeia”, 63% concordam que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. Além disso, 89% dos entrevistados pensam que “a roupa suja deve ser lavada em casa” e 82% que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

        A violência estatal vem se configurando no Brasil a mais covarde e perversa do mundo. Não bastasse a propagação de uma cultura arcaica, machista, Homofóbica, racista e patriarcal de coisificação de seres humanos considerados inferiores ou diferentes, o atual “desgoverno federal” elimina políticas públicas de proteção à mulher, edita decretos que visam “combater a violência com mais violência”, como o Decreto que facilita posse de armas que deve impactar no já inadmissível índice de feminicídio e faz aprovar a Reforma da Previdência violando de forma impiedosa o direito a uma aposentadoria digna para as mulheres da classe trabalhadora, que historicamente foram submetidas à tripla jornada de trabalho.

A violência contra a mulher é estrutural, e deve ser enfrentada por toda a sociedade, mulheres e homens são chamadxs a assumirem uma postura ética em defesa da vida pela preservação da dignidade humana.


 O Coletivo Enfrente! convoca mulheres e homens a tomarem às ruas no dia 08 de Março, dia Internacional da Mulher para enfrentar e derrotar todas as formas de violência e opressão. Concentração para o Ato Estadual de São Paulo às 14 horas na Av. Paulista. Enfrente!

BOLETIM DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Confira as atividades por local, escolha a sua e PARTICIPE!

CAPITAL
Aula Pública e Abertura da Caravana das Mulheres da CUT-SP
Dia: 5 de março - Horário: das 11h às 15h
Concentração: escadaria do Teatro Municipal (Praça Ramos de Azevedo)

Mulheres Negras na Frente (ato da Frente de Luta por Moradia - FLM)
Dia: 5 de março - Horário: 13h
Concentração: Pátio do Colégio (Capital)

Ato das mulheres da Moradia 
Data: 6 de março - Horário: 14h
Concentração: Praça da Sé (São Paulo)

Ato geral 8M
Data: 8 de março - Horário: 14h
Concentração: Avenida Paulista
(altura do n° 1853, em frente ao Parque Mário Covas e próximo ao Masp)

ARARAS
Data: 7 de março - Horário: 9h
Concentração: Praça Barão, em frente da Casa da Cultura

CAIEIRAS
Data: 7 de março - Horário: 10h
Concentração: Praça Pró-Polo

CAMPINAS
Data: 7 de março - Horário: 9h
Concentração: Praça do Largo do Rosário

CARAGUATATUBA
Data: 8 de março - Horário: 10h
Concentração: Feira do Rolo (entrada da Av. Brasília)

DIADEMA
Dia: 7 de março - Horário: 15h
Concentração: Praça Lauro Michels (Centro)

GUARATINGUETÁ
Data: 7 de março - Horário: 10h30
Concentração: Praça Rodrigues Alves

HORTOLÂNDIA
Dia: 8 de março - Horário: 9h
Concentração Av. Tarsila do Amaral (feira do Jardim Amanda)

JACAREÍ
Data: 7 de março - Horário: 9h
Concentração: Parque da Cidade

JUNDIAÍ
Data: 7 de março - Horário: 10h
Local concentração: em frente da Câmara Municipal

MARÍLIA
Dia: 7 de março - Horário: 10h
Concentração: em frente da Prefeitura

MAUÁ
Data: 7 de março - Horário: 13h
Concentração: Praça 22 de Novembro

OSASCO
Data: 7 de março - Horário: 10h
Concentração: Calçadão

PINDAMONHANGABA
Dia: 7 de março - Horário: das 9h às 13h
Concentração: Praça Monsenhor Marcondes (Centro)

PIRACICABA
Data: 7 de março - Horário: 9h
Concentração: Coreto da Praça José Bonifácio

SANTO ANDRÉ
Data: 7 de março - Horário: 10h
Concentração: Rua Oliveira Lima (em frente O Boticário)

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Data 6 de março - Horário: a confirmar
Concentração: a confirmar

SÃO VICENTE
Data: 7 de março - Horário: 12h
Concentração: Praça dos Correios

SOROCABA
Dia: 07 de março - Horário: 10h
Concentração: Praça Coronel Fernando Prestes

UBATUBA
Dia: 7 de março - Horário: 11h 
Concentração e aula pública | 13h30 - passeata
Concentração: Calçadão do Centro


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