Porque um Dia da Consciência Negra?
Porque um Dia da Consciência Negra?
As Lendas de Dandara é um livro que mistura ficção, história e um toque de fantasia, onde são narrados dez contos sobre a guerreira quilombola Dandara dos Palmares, companheira de Zumbi dos Palmares. Escrito por Jarid Arraes e ilustrado por Aline Valek, o livro conta sobre a vida de Dandara desde o seu nascimento, explicando sua origem, suas conquistas e suas lutas.
Em 9 de janeiro de 2003, foi
sancionada a lei n°10.639/03 que institui a obrigatoriedade da inclusão do ensino da
História da África e da Cultura Afro-brasileira, nos currículos de
estabelecimentos públicos e particulares de ensino da educação básica.
Com a Lei 10.639/03 também foi
instituído o dia 20 de novembro como dia Nacional da Consciência Negra em homenagem
ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. (1655-1695) O dia da
consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil.
ZUMBI DOS PALMARES
Zumbi nasceu no
estado de Alagoas no ano de 1655. Foi o principal representante da resistência
negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos
Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos dos engenhos, índios
e brancos pobres expulsos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava
localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do
município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o
Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil
habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura,
produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi
capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue ao padre
jesuíta católico Antônio Melo, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco.
Aprendeu a língua portuguesa, latim, álgebra e a religião católica, chegando a
ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, fugiu de
Porto Calvo para viver no quilombo dos Palmares. Na comunidade, deixou de ser
Franciso para ser chamado de Zumbi (que significa aquele que estava morto e
reviveu, no dialeto de tribo imbagala de Angola).
No ano de 1675, o quilombo é
atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um
grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são
obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da
província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo,
Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas,
enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, com 25 anos de idade,
Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra
as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece,
obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra
grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e
conhecimentos militares.
O bandeirante Domingos Jorge
Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após
uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída.
Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e
entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de
novembro de 1695.
Importância de Zumbi para a
História do Brasil
Zumbi é considerado um dos
grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a
escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura
africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e
comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
DANDARA DE PALMARES
Além de esposa de Zumbi e mãe de 3 filhos, ela lutou com armas pela libertação total das negras e negros no Brasil, liderava mulheres e homens, também tinha objetivos que iam às raízes do problema e, sobretudo, não se encaixava nos padrões de gênero que ainda hoje são impostos às mulheres. É exatamente por essa marca do machismo que Dandara não é reconhecida nem estudada. A maior parte da sua história é envolta em grande mistério.
Dandara suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava. Ela ainda vive em todos que lutam por liberdade.
Princesa da beleza negra, guerreira, líder forte, poder
transformador
Encanta o quilombo, mostra de frente tua garra que dá força
pra lutar
Despindo as mentes da submissão, mulher negra, quilombola de
exjá
Yansã beijou Xangô, arrancou-lhe as armas, pôs em punhos e
lhe dominou
Dandara, Dandara, Dandara, Dandara
Transfere tua essência como exemplo as mulheres que se negam
a lutar
As negras oprimidas em favelas e escolas, domésticas do lar
Junta e organiza por que juntas são mais uma, com mais força
e maior
Romper a hipocrisia da autoridade que a burguesia vai se
aniquilar
Seus olhos negros firmes da esperança da vitória que está
para chegar
Que sambam sobre os peitos dos homens fortes e guerreiros
querendo te conquistar
Tua força é divina e ancestral e pega fogo e é fogo de orixá
Vem com teu sorriso, abre os braços, solta as tranças vem de
novo, me acalenta
https://youtu.be/78fbxYf-IS0
Conheça As Lendas de Dandara
As Lendas de Dandara é um livro que mistura ficção, história e um toque de fantasia, onde são narrados dez contos sobre a guerreira quilombola Dandara dos Palmares, companheira de Zumbi dos Palmares. Escrito por Jarid Arraes e ilustrado por Aline Valek, o livro conta sobre a vida de Dandara desde o seu nascimento, explicando sua origem, suas conquistas e suas lutas.
http://www.aslendasdedandara.com.br/
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