Reflexão: Sexta-feira da Paixão de Cristo
A palavra "paixão" tem origem no latim "passio", que significa "sofrimento" ou "ato de suportar".
Segundo a psicologia paixão é a manifestação de um fenômeno de projeção, ou seja, quando projetamos em pessoas ou coisas nossas próprias idealizações.
Numa perspectiva "moralista" pode-se caracterizar a paixão como sendo uma inclinação tornada de tal modo predominante que chega a quebrar o equilíbrio da vida psicológica.
Segundo "Eu mesma" paixão é sinônimo de paradoxo "movimento impetuoso que produz em mim passividade".
Minha Paixão por Cristo (Messias/Ungido) Aquele que foi capaz de amar a humanidade com tamanha paixão que deixou-se prender, torturar e matar. Me impele para além da racionalidade filosófica cartesiana, transcende a temporalidade fenomenológica, rompe a inércia numa ação (dele: O Cristo sobre mim). É quase uma imersão no sentido místico à Santa Teresa de Ávila. Uma amizade que gera semelhança, inspiração, ação transformadora, que me remete ao amor e ao diálogo freireano. "Se eu não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo as pessoas, não posso entrar em diálogo." não posso dizer que amo a Cristo.”
Esta Sexta-feira Santa é um convite à reflexão, para além das denominações religiosas...
"Deus existe?
A vida tem sentido?
O universo tem uma face?
A morte é minha irmã?
A estas perguntas a alma religiosa
só pode responder:
Não sei. Não sei. Mas desejo ardentemente que assim seja, e me lanço inteira, porque é mais belo o risco ao lado da esperança que a certeza ao lado de um universo frio e sem sentido..." (ALVES, 1999)
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