Aforismo de outono: Lúcia Peixoto

Amanheceu meio outonada
Colheu folhas de boldo
Sorveu o chá bem quente
O fígado precisava ser regenerado
Respirou profundamente
Elevou sua prece
Acolheu os bons fluidos do universo
Sentiu a alma afagada!

Quebrou as rimas para compor um aforismo* de outono

Outono
Tempo em que as folhas desprendem
As árvores preparam a primavera
A vida flui
Como água corrente
Areia que escorre pela ampulheta
Num constante porvir
O agora é sempre um reflexo do outrora

"As folhas das plantas no chão
O vento soprando noutra direção
Tanto saber, desaprender
Pra ser de novo então

As folhas das plantas no chão
O vento soprando noutra direção
Tanto saber, desaprender
Pra ser de novo então

Tem que mudar pra não morrer
Se não deixar findar o mesmo jeito de viver
Não vai andar, se findará
Não vai valer tentar abrir
As mesmas portas

Chega outono é outro ponto
Sigo na jornada
Passo a passo eu me encontro
Amparado no seus braços
Deus." Marcos Almeida

*Aforismo: Segundo a IA, aforismo filosófico é uma declaração concisa e perspicaz que expressa uma verdade geral ou uma regra de conduta, frequentemente encontrada em textos filosóficos ou literários. Eles são caracterizados pela sua concisão, profundidade e capacidade de suscitar reflexão.

Lúcia Peixoto,
Graduada em Ciências da Religião,
Licenciada e Pós graduada em Ensino da Filosofia
Pós graduanda em Arteterapia.
Filósofa, Poeta, Novelista e Artesã

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