Que Tempos são Estes? Bertold Brechet
(Nestes tempos)
Sentir as dores desse tempo de pandemia
Como se fosse possível não sentir empatia
O sofrimento daquel@s que lutam pela vida
A dor das famílias quando cada batalha é perdida
Sentir as dores desse tempo de pandemia
Como se fosse possível não sentir empatia
O sofrimento daquel@s que lutam pela vida
A dor das famílias quando cada batalha é perdida
Como conter as lágrimas que jorram do coração da gente?
A dor quando compartilhada não diminui
Humaniza
Que essa “minha dor” te alcance
Não só pra te fazer chorar
Pra despertar em ti consciência.
Como não estender a mão para o próximo?
O Mundo é uma casa comum
Se o ar faltar para alguns
Todos vão sufocar
Só há um jeito de não colapsar
O cuidado mútuo.
Nestes momentos
A dor quando compartilhada não diminui
Humaniza
Que essa “minha dor” te alcance
Não só pra te fazer chorar
Pra despertar em ti consciência.
Como não estender a mão para o próximo?
O Mundo é uma casa comum
Se o ar faltar para alguns
Todos vão sufocar
Só há um jeito de não colapsar
O cuidado mútuo.
Nestes momentos
De tempo nublado
De céu acinzentado
Ousamos a poesia
(Bertolt Brecht)
Bertolt Brecht (1898-1956) foi um dramaturgo, romancista e poeta alemão, criador do teatro épico anti aristotélico. ... Euger Berthold Friedrich Brecht (1898-1956) nasceu em Augsburg, no estado da Baviera, na Alemanha, no dia 10 de fevereiro de 1898
Aos que vierem depois de nós!
"Realmente, vivemos tempos sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranquilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
"Realmente, vivemos tempos sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranquilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: “Bebe, come!
Alegra-te, pois tens o quê!”
Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.
Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios."
Bertolt Brecht (Tradução Manuel Bandeira)
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.
Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios."
Bertolt Brecht (Tradução Manuel Bandeira)
Lúcia Peixoto
Filósofa, Professora de Filosofia,
Poeta, Artesã, Bacharel em Ciências da Religião,
Licenciada e Pós Graduada em Filosofia,
Cursando Formação Pedagógica em História
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