8M: DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
08 DE
MARÇO DIA DA MULHER PARAR E EXIGIR O QUE É SEU POR DIREITO!
A luta
das Mulheres por emancipação, contra a cultura machista e em defesa de direitos
básicos e trabalho digno tem marcado fortemente a história, eclodindo
fortemente no início do Século XX com a Segunda Revolução Industrial e a
Segunda Guerra Mundial, quando a mão-de-obra feminina passa a ser explorada em
massa de forma aviltante na indústria, em condições de trabalho, frequentemente insalubres e
perigosas, com uma jornada diária de cerca de 15 horas as trabalhadoras se organizam em frequentes protestos que se
espalham pelo mundo inteiro. Um dos mais marcantes foi o ocorrido em 25 de
março de 1911, na fábrica Têxtil da Triangle Shirtwaist em Nova Iorque que
resultou no terrível incêndio que vitimou 146 trabalhadores – a maioria
costureiras. Frequentemente se relaciona o Dia Internacional da Mulher a esse
acontecimento nefasto, que embora tenha sido determinante para fomentar a luta
não foi o único.
PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS NO MUNDO:
Em 1907,
Clara Zetkin Organiza o I Congresso de Mulheres Socialistas, com Rosa Luxemburgo
e Alexandra Kollontai, chamam os vários partidos socialistas a entrar na luta
pelo sufrágio feminino.
1908
Estados Unidos - Cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da
igualdade econômica e política no país.
1909
Estados Unidos _ Partido Socialista convoca um protesto que reuniu mais de 3
mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma
longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
1910
Dinamarca - II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na, quando é
apresentada uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração
dos direitos da mulher que foi aprovada por mais de cem representantes de 17
países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir
o sufrágio universal em diversas nações.
1911
Alemanha, Suíça, Áustria e Dinamarca - Primeira grande manifestação pela
emancipação das mulheres trouxe às ruas mais de um milhão de cidadãs.
1915
Suíça - Congresso Internacional de Mulheres contra a Primeira Guerra Mundial.
1917
Rússia – Greve das mulheres que deflagrou início da Revolução Russa, quando
aproximadamente 90 mil operárias se manifestaram contra o Czar Nicolau II, as
más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto
conhecido como "Pão e Paz"
1921
Rússia - A III Internacional Socialista define, em Moscou, o 8 de Março como o
dia para se publicitar internacionalmente as lutas pela libertação das mulheres.
1921 ONU
- Assinatura do primeiro acordo internacional que afirmava princípios de
igualdade entre homens e mulheres (que só será validado 20 anos depois)
1945 ONU
- Validado o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade
entre homens e mulheres.
1960
Mundo Todo - Movimento Feminista se espalha e ganha força no mundo. Surge o
novo feminismo, em paralelo com a luta dos negros norte-americanos pelos
direitos civis e com os movimentos contra a Guerra do Vietnã.
1975 Mundo Todo - Comemorou-se oficialmente o Ano
Internacional da Mulher
1977
Nações Unidas – Dia 08 de Março Reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas como
Dia Internacional da Mulher
CONQUISTAS
DAS MULHERES NO BRASIL:
1920
Movimento sufragista brasileiro em prol dos direitos da mulher ganha força, nas
décadas de 20 e 30 intensificam-se as reivindicações à participação política.
1932
Conquista do Direito ao Voto, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. As
mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o
direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
1960 A
partir da década de 60, o movimento incorporou questões que necessitam
melhoramento até os dias de hoje, entre elas o acesso a métodos contraceptivos,
saúde preventiva, igualdade entre homens e mulheres, proteção à mulher contra a
violência doméstica, equiparação salarial, apoio em casos de assédio, entre
tantos outros temas pertinentes à condição da mulher.
2006 Lei
11.340/06 Cria Lei Maria da Penha
mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a
mulher.
2015 Lei
do Feminicídio (Lei nº 13.104) A aplicação da norma se junta à lei Maria da
Penha e às políticas criadas para prevenir e punir atentados, agressões e
maus-tratos, em uma demonstração do empoderamento das mulheres.
2017 11
anos depois de promulgada da Lei Maria da Penha o Brasil ainda registra dados
alarmantes de violência contra a mulher.
· 13 mulheres são assassinadas por dia no
Brasil (Fonte: MS/SVS/CGIAE – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM).
· A cada cinco minutos uma mulher é
agredida no Brasil (Mapa da Violência 2012 – Homicídio de Mulheres).
· A cada 2 horas uma mulher é vítima de
homicídio, 372 por mês. (Instituto Avante Brasil – IAB a partir de dados do
DataSUAinda hS, do Ministério da Saúde – Mapa da violência 2012)
BORA LÁ
COMPANHEIRA... FLORIR AS RUAS COM NOSSOS SONHOS E JUNTAS GRITAR NÃO CONTRA TODA
E QUALQUER FORMA DE OPRESSÃO!
EU PARO E GRITO, NÃO!
46 anos de uma vida
feminina
Passos lentos e apressados
Equilibrando-me no fino
fio que é a vida
Menina franzina (La na
roça)
Despertava com a Aurora
Fixava o olhar no
horizonte
Perdia-me toda nos raios
do sol nascente
E quando moça faceira
tardava a dormir
Sempre a espreitar os
mistérios do Crepúsculo
Ah! Quantas cantigas de
roda
Quantos poemas de amor
Quanto riso, quantas
lagrimas
Forjaram-me no chão batido
da fabrica
8 horas de labuta diária
A marmita quase sempre
meio que fria
O salário menos que
mínimo, visto tudo o que vinha descontado
Os descontos era coisa que
ninguém entendia
Chamaram o sindicato pra
explicar
E lá veio a companheira
com carro de som
Voz de quem sabia o que
falava
(dizem que hoje já não é
mais a mesma)
Mas naquele dia vi o Bom
Retiro parar
Costureiras de braços
cruzados
Patrões Judeus, Coreanos,
Brasileiros tiveram que explicar!
E a companheira que falava
bonito no microfone
Disse que no dia seguinte
seria 8 de março
Dia Internacional da
Mulher
Dia de celebrar a luta das
operarias queimadas
Um arrepio de indignação
diante da historia narrada
Foi então que assustada
ouvi, meu grito de Não!
Não mais escrava de um
sistema nefasto!
Não a exploração da minha
classe!
Não!
Não fui mais uma menor
escravizada
Com 16 anos me fiz mulher
operaria sindicalizada!
Nos 29 anos seguintes
Comi muito ovo frito na
marmita mal esquentada
Fui “amassada” Em ônibus
coletivos lotados
Atrasei o crediário das
Casas Bahia
Tive meu nome protestado
Casei, separei,
engravidei, pari..amei!!!
E junto essas letras mal
rimadas
Pra dizem sou mulher de
luta
Como tantas outras
camaradas
Grito não a qualquer forma
de opressão!
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