Carpe Diem: Ócio criativo (Cá com meus botões)


Hoje amanheci assim...
Uma vontade de inercia...
De me deixar aqui...
(em casa)
Matutando...
Proseando com meus botões...
(Relembrando versos de outrora)


"Pensando cá com meus botões...
Meus botões no sentido mais que figurado
Meus botões de rosas (protegidos por espinhos)
Botões brancos de lótus (pureza da minha mente)
Botões prateados (daquele vestido)
Meus botões em flor...
Meus botões sem casa...
Meus botões que calam...
Meus botões que fecham e abrem!

Se abriram numa manhã ensolarada
Deixando escorrer o vermelho (meu sangue em lavas)
Se fecham ao fim de cada ciclo.

Se abriram numa noite enluarada
Por dedos trêmulos
Por lábios calientes
Por Eros embriagado

Se fecharam na noite fria
Trancando-se em casa
Tecendo casulo
Metamorfoseando a metamorfose

Se abrem
Voam
Porfiam
Pelo mundo sem eira nem beira

Ah meus botões..
Ah se vocês falassem
Ah se o mundo soubesse
O que de mim só vocês sabem!"






Hoje acordei assim
Me permitindo o ócio criativo
Navegar pelas redes sociais
Aproveitar o conselho de Walt Whitman
Carpe Diem!


"Aproveita o dia,
Não deixes que termine
sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz,
sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue
o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia
de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar,
nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra,
a poderosa obra continua,
tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar,
porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso.
Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples,
se pode fazer poesia bela,
sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação,
mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca
ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro,
e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te
as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…"




(Walter Whitman (1819 – 1892) foi um jornalista, ensaísta e poeta americano considerado o “pai do verso livre” e o grande poeta da revolução americana)





Lúcia Peixoto
Filósofa, Professora de Filosofia,
Poeta, Artesã, Bacharel em Ciências da Religião,
Licenciada e Pós Graduada em Filosofia,
Cursando Formação Pedagógica em História


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