Que tempos são estes?


Em tempos de "ignorância escancarada" a voz da filosofia ainda que poetizada, parece em vão ecoar, em meio a balbúrdia dos 58 milhões que relincham chamando um tolo de mito.

Manada que pede para ser chicoteada
Rastejando de quatro atrás das "motocas fascistas"
Carregando nos lombos a elite reacionária
Ignorando a própria ignorância
Os que de Sócrates nada aprenderam
São incapazes de reconhecer a si próprios no espelho
Idolatram os que tal qual Meleto profanam os tribunais
A tudo justificam em nome de um deus
Entoando hinos patrióticos
(Falso nacionalismo)
Julgam-se protagonistas
Marionetes teleguiadas
De uma nação despolitizada
Que sofre os efeitos da pandemia
Choram seus entes queridos
E seguem feito gado 
(Em fila rumo ao matadouro)

Resta-me parafrasear a maiêutica. Não sendo possível "abortar a geração fake news". Faço-me doula para auxiliar o nascimento de uma nova mentalidade capaz de distinguir, com maior segurança, quimeras de verdades.





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