Eu: Eudaimonia; araté e ataraxia



Hoje o alcance do meu retrovisor está demasiado apurado visualizo, não com a nitidez do presente é claro, os estoicos à meditar...

De súbito me vejo sentada sob a sombra de uma Baobá africana,  nas planícies da antiga Grécia, não muito distante do gigantesco tronco da arvore milenar avisto alguns homens em acalorado coloquio no que me parece ser os pórticos cobertos da ágora de Atenas.  Serão Zenão de Cítio e seus discípulos? Minha solitude (talvez voluntária, abandonada ao destino, impassivamente, nada receando e nada esperando daqueles que entre si debatiam.) denuncia minha condição de mulher, visto que a busca da eudaimonia e qualquer outro estudo ministrados nas escolas filosóficas eram reservados aos homens.


"O estoicismo é uma escola filosófica que surgiu na Grécia no século IV a.C. Os estoicos acreditavam que o universo era governado pela razão, ou logos, um princípio divino que permeava tudo. O objetivo do estoicismo era alcançar a felicidade ou a autorrealização, um conceito que os estoicos chamavam de eudaimonia. Para os estoicos, isso podia ser alcançado através da virtude moral (ou areté) e da serenidade (ou ataraxia). "

Os estoicos ensinavam como viver uma boa vida, a partir de ações práticas e mentais como, manter o foco nas coisas que podem ser controladas. As ideias difundidas por essa escola filosófica ajudam a lidar com o estresse e a ansiedade, tratar a insegurança, indisposição, cansaço, sentimentos e sensações de negatividade.

O estoicismo sobreviveu durante o Império Romano, incluindo a época do imperador Marco Aurélio, até que todas as escolas filosóficas foram proibidas em 529 d.C. por ordem do imperador Justiniano, em razão de suas características pagãs, contrárias aos preceitos da fé cristã, já então dominante.

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